Porto Alegre – A rede varejista Wal-Mart irá investir R$ 850 milhões no Brasil em 2007 na abertura de 28 lojas – das quais 12 serão de unidades das bandeiras Todo Dia e Maxxi – e em reformas em pontos existentes. Sem citar números, o presidente da Wal-Mart Brasil, Vicente Trius, disse hoje que a rede está contente com o desempenho no País, onde as vendas ultrapassam a performance do mercado. Em 2006, a cadeia varejista irá inaugurar ainda quatro unidades: em Guarulhos (SP/Wal-Mart), Recife (PE/Bompreço), Maceió (AL/Sam’s Club) e Imbé (RS/Nacional). O vice-presidente de operações na Região Sul, Marcos Samaha, garantiu que as marcas Big, Nacional e Maxxi serão mantidas.
As lojas foram adicionadas à rede Wal-Mart com a aquisição da operação do Sonae Distribuição Brasil, por 635 milhões de euros. Sem incluir a compra, o Wal-Mart investiu R$ 450 milhões no Brasil, em 2005, e deve direcionar R$ 600 milhões este ano na abertura de 14 lojas. Com as quatro que ainda faltam, a rede terminará o ano com 304 unidades no País. A expansão das bandeiras Todo Dia e Maxxi demonstra a ênfase da rede nos consumidores de classes C e D. Das 28 lojas novas programadas para 2007, cinco ficarão na Região Sul, sendo dois hipermercados no Rio Grande do Sul. O Wal-Mart trabalha com uma perspectiva de crescimento próxima a 4% do PIB brasileiro no próximo ano. Na escala de faturamento do grupo norte-americano, o Brasil vem após Estados Unidos, Inglaterra, México e Canadá. Trius não quis projetar como deve ser o comportamento do tíquete médio, a partir do esperado desempenho da economia. Ele não divulgou o valor atual do tíquete nas principais bandeiras da rede. Trius estimou que as exportações, a partir do Brasil, devem somar R$ 600 milhões este ano, um aumento de 40% ante R$ 450 milhões de 2005. As vendas são feitas por uma área que coordena as compras globais da rede diretamente do fornecedor, cujo escritório local fica em Novo Hamburgo (RS). A rede abrirá ao público hoje dois supermercados reformados, um com a bandeira Nacional, em Porto Alegre, e outra com a bandeira Big em Cachoeirinha (RS), onde investiu R$ 7 milhões e R$ 4 milhões, respectivamente. Questionado sobre a expectativa do mercado gaúcho após a aquisição do Sonae, que contava com uma política agressiva de preços do Wal-Mart, Trius comentou que a rede “quer ser dominante na percepção do cliente (sobre os preços baixos)”.