Ao chegar neste fim de semana em Natal depois de uma viagem de dez dias ao exterior, a governadora Wilma de Faria (PSB) reassume o governo tendo de contornar crises políticas e administrativas dentro da base aliada de apoio ao governo, envolvendo o PT e o PMN. A expectativa é que a governadora Wilma de Faria encontre uma saída para a crise nesses 12 dias, de forma a ter um ambiente político favorável quando for à Assembléia Legislativa, na quarta-feira, dia 15, para ler a última mensagem anual do mandato.
As dificuldades de articulação do governo vêm ganhando corpo desde que o PMN indicou, mas não obteve as nomeações dos diretores do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER-RN).
Para dificultar ainda mais as coisas, o governador em exercício Antonio Jácome sugeriu ao PMN que entregasse todos os cargos que ocupa no governo, como a direção geral da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), ocupada pelo engenheiro e ex-prefeito de Passa e Fica, Pedro Augusto Lisboa, o “Pepeu”, que é aliado político do presidente do PMN e da Assembléia Legislativa, deputado Robinson Faria.
Outro complicador é a permanência do médico Luís Alberto Marinho na direção do Hospital Gizelda Trigueiro, referência no tratamento de doenças infecto-congagiosas no Rio Grande do Norte.
Enquanto o secretário estadual de Saúde Público, sanitarista Ruy Pereira, defende a exoneração de Marinho “porque não tem tempo para trabalhar” no hospital, a governadora viajou ao exterior sem assinar a portaria de demissão do infectologista.
Além disso, a governadora Wilma de Faria volta a despachar em seu gabinete encontrando outro quadro político com a aprovação da queda da ‘verticalização’ em primeiro turno na Câmara dos Deputados, o que libera os partidos para realizar coligações para o pleito eleitoral deste ano com qualquer legenda.