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Witzel tenta marcar depoimento

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Os advogados do governador do Rio, Wilson Witzel, pediram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que seja marcado o depoimento do mandatário fluminense à Polícia Federal (PF). Ao autorizar uma operação contra um esquema de corrupção na Saúde do Estado na última terça-feira, o ministro do STJ Benedito Gonçalves determinou a “oitiva imediata” de Witzel, mas ela depende de intimação da PF.
Os defensores do governador dizem que não conseguiram “estabelecer contato com a autoridade policial, por meio de telefone e e-mail, para ajustar dia e hora para seu depoimento” e afirmaram que Witzel estava à disposição para ser ouvido.
#SAIBAMAIS#O governador foi alvo de mandado de busca e apreensão e teve três celulares e três computadores levados pela PF. A investigação apura a relação de Witzel com o esquema de desvio de verbas em meio à pandemia.
Com a operação da PF, o governo entrou em uma crise política. Ontem à noite, ele exonerou os secretários André Moura, de Casa Civil, e Luiz Cláudio Rodrigues de Carvalho, da Fazenda. Ambos eram tidos como adversários internos do secretário de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão. Na sequência, o líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Márcio Pacheco (PSC), entregou o cargo. Tristão também é suspeito de envolvimento no suposto esquema de irregularidades em contratos.
A exoneração de Moura, experiente político do PSC que já foi líder do governo Michel Temer na Câmara dos Deputados, foi a que mais desagradou a Alerj. Ele era o responsável pela articulação política de Witzel.
A avaliação de interlocutores é a de que o governador optou claramente por um dos lados na “guerra” em curso no Palácio Guanabara.
A lealdade de Witzel a Tristão, mesmo com o Ministério Público investigando se o secretário tem papel central nos desvios investigados na Saúde, causa estranheza em integrantes do outro grupo do governo. Um dos integrantes disse ao Estadão que não sabe “quem é refém de quem”. O poder atribuído a Tristão faz com que, ainda segundo esse interlocutor, ele se sinta à vontade para “dar bronca em colegas”, mandar nos demais secretários e impor “loucuras”.
O governador ainda não se manifestou sobre as exonerações. Witzel nega envolvimento e acusa o presidente Jair Bolsonaro de perseguição política por meio da PF. 
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