Zebra

Todo mundo conhece a expressão: “Deu zebra”. Algo comum no futebol que acabou sendo levado para o dia a dia e que significa que algo deu errado. Especificamente no esporte, o termo aponta para a situação na qual o time mais fraco bate o mais forte. Esse é o desejo dos clubes do interior, que jogam contra os da capital, pelas semifinais do segundo turno do Campeonato Estadual. O torcedor do Potiguar de Mossoró sonha com zebras listradas em vermelho e branco correndo pelo gramado do estádio Frasqueirão, hoje contra o ABC. A torcida do Globo aceitaria até trocar a Águia, símbolo do clube, pelo equino de listras, se isso representasse uma vaga na final eliminando o América, neste domingo, na Arena das Dunas. Todos, inclusive, os clubes interioranos, sabem que essas são missões complicadas. Se não bastasse o fato de ABC e América jogarem em seus domínios, ambos estão com a vantagem do empate. Além disso, pelo que apresentaram Potiguar e Globo, na última rodada da primeira fase, dificilmente o animal que povoa as savanas africanas irá passear nos campos de Natal. No entanto, fica o alerta. O futebol não é um esporte lógico, nem preciso como a matemática. Nesses quase 30 anos de jornalismo esportivo já vi muita coisa acontecer. O impossível só existe até o momento que o fato se realiza. Por isso, melhor alvinegros e alvirrubros entrarem em campo focados.

Gentil Cardoso foi o lendário técnico de futebol que inventou o termo depois de ser questionado sobre o que poderia acontecer em um jogo entre Portuguesa e Vasco, pelo Campeonato Carioca. O Vasco não estava muito bem naquele campeonato, e o treinador pernambucano respondeu que o jogo “poderia dar zebra”. A explicação é simples: a zebra é um animal que não existe entre os 25 citados no jogo do bicho, criado pelo Barão de Drummond no fim do Século XIX. O que Gentil quis dizer quando falou que “poderia dar zebra no jogo” é que algo realmente inesperado tinha chances de acontecer – e aconteceu. Em 23 de julho de 1964, Vasco e Portuguesa se enfrentaram nas Laranjeiras. Mário abriu o placar para a Lusa com apenas dez segundos de jogo. Segundo o site FutRio: “Inaldo ainda empatou para os vascaínos, mas Tião selou a vitória rubro-verde no segundo tempo. A surpresa fez com que os jornais estampassem, no dia seguinte, a surpresa pelo resultado. Falou-se em “catástrofe vascaína”, já que o time não tinha vencido nenhum de seus quatro jogos até ali. Mas, para os insulanos, foi a glória.” Depois disso, o termo “zebra” se popularizou, assim como outras expressões criadas pelo Gentil Cardoso, como “Futebol é uma caixinha de surpresas”, “Quem se desloca, recebe, quem pede, tem preferência”, “Treino é treino, jogo é jogo” e “Quem não faz, leva”. (Fonte: Manual do Homem Moderno)

Chegou ao fim a participação da equipe potiguar, Funvic Natal na Superliga de voleibol 2022. O Fiat/Gerdau/Minas, que havia vencido o primeiro confronto em casa, marcou 3 sets a 0, com parciais de 23/25, 21/25 e 22/25, em jogo realizado no Palácio dos Esportes, em Natal. O time mineiro, dessa forma, fechou a série com 2 a 0 e garantiu a vaga nas semifinais. Apesar da eliminação, a experiência se mostrou um sucesso. Os ginásios de Natal ficaram lotados para torcer pelo time. O interesse pelo voleibol cresceu e se refletiu no aumento da procura por escolinhas do esporte na cidade. Segundo a Prefeitura de Natal, suas escolinhas registraram esse movimento amplamente. Além disso, a capital potiguar foi “divulgada” em rede nacional através de várias transmissões dos jogos da equipe. Dentro de quadra os números também são satisfatórios. fechou a temporada como uma das oito melhores do país, sendo a primeira equipe nordestina a chegar à segunda fase, e ainda garantiu a quarta colocação no Mundial de Clubes. O reconhecimento veio com os aplausos da torcida, que mais uma vez lotou as arquibancadas.

Pesquisa do Ibope mostra o comportamento dos internautas em relação às seleções dos países em ano de Copa do Mundo do Catar. Neste domingo, a Tribuna do Norte mostra os dados completos. Hoje, trago aqui uma outra parte da pesquisa, que aponta, ao menos nas Redes Sociais, o crescimento do interesse dos brasileiros em relação à sua Seleção. Por esses números, ao menos, observa-se que, aquele fenômeno de distanciamento em relação à equipe “canarinha” não está acontecendo, muito pelo contrário. O Brasil é o segundo mais seguido e só perde para a França, analisando todas as seleções.

O continente sul-americano foi o segundo em volume de inscritos nas plataformas de suas respectivas seleções com um total de 11,2 milhões de inscritos, atrás apenas das seleções do continente europeu, que totalizaram 33,6 milhões de inscritos e à frente das seleções africanas (6,7 milhões). Em ordem, o desempenho das oito seleções sul-americanas: Brasil (3,8 milhões de novos inscritos), Argentina (3,6 milhões), Peru (1,3 milhão), Colômbia (1 milhão), Chile (690 mil), Uruguai (299 mil), Paraguai (277 mil) e Equador (269 mil inscritos). A seleção do Catar, país-sede da Copa do Mundo, surpreendeu ao ser a segunda que mais somou novas inscrições entre 2020 e 2022 entre as seleções asiáticas com um total de 1 milhão de inscritos, atrás apenas da seleção da Indonésia com 2,4 milhões de novas inscrições.