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A Copa deixará um legado fantástico para o Brasil

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Qual a análise que o Ministério do Esporte faz da organização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014?

A Copa é um evento da Fifa para o qual o Brasil se candidatou e foi o escolhido. O Brasil se candidatou porque tinha certeza de que a Copa do Mundo era um evento que iria ajudar a estruturar a nossa mobilidade urbana, a nossa infraestrutura esportiva, o turismo no nosso país, a visibilidade internacional que a gente vai experimentar com esse evento vai ser absolutamente fantástico que por só vai deixar um grande legado. Vai marcar culturalmente a nossa geração. É um grande evento, é o maior evento do mundo e a gente foi se preparando a partir da escolha do país em 2007 e com a escolha das cidades em 2009 de maneira que 51 grandes obras de mobilidade, doze estádios, 35 intervenções em treze aeroportos nas doze cidades-sedes e mais o Aeroporto de Vira-Copos, em Campinas, e também terminais de passageiros em sete portos, vão dar condição de que a atividade econômica aconteça no Brasil com mais propriedade de que nossa população possa viver com mais qualidade de vida. Do ponto de vista do serviço e de tantas áreas, nós iremos ter uma melhoria bastante grande, fazendo com que o nosso país seja visto em todo mundo de maneira positiva que já hoje é visto e a gente agregue a essas boas referências que o mundo já tem do nosso país como uma ideia de democracia estável, de desenvolvimento econômico, de país tolerante com relação às raças, credos, são as características e os atributos muito positivos deste país que cresce, se desenvolve e cada vez mais assume um papel de protagonista no cenário internacional.
Ricardo Gomyde, diretor do Departamento de Futebol Profissional do Ministério do Esporte
Como os demais países do mundo analisarão o Brasil no pós-Copa?

Eu acho que muito positivamente. O Brasil é um país que vai encantar o mundo. A FIFA acha e tem dito isso reiteradamente que nós vamos realizar aqui a melhor de todas as Copas. E este é o objetivo do Governo Federal, é este o objetivo dos Governos Estaduais e dos Governos Municipais das localidades onde teremos sedes, não é diferente aqui em Natal, e é também na nossa sociedade. Ninguém passa impune por um evento como este. Tenho certeza absoluta que todos vamos poder olhar para trás, depois de terminado a Copa, e vamos ficar muito orgulhosos daquilo que fizemos. Eu não tenho dúvidas de que aqueles turistas que aqui chegarem ou acompanharem a Copa do Mundo pelas televisões ou pelas mídias, as mais variadas que existam, vão se encantar com o nosso país. O Brasil já é um dos países que tem a visão mais positiva dentre todos os países. E, a partir de que a gente mostre esse novo Brasil, esse país que avança economicamente, esse país que tem uma democracia estável, esse país tolerante, não tenho dúvidas de que o legado, primeiro do ponto de vista da imagem, depois do ponto de vista do turismo será fanstático. Então, não é só a infraestrutura, são as coisas que vão ficar aqui para o nosso país. Mas tem também os legados intangíveis que vão representar também, avanços importantes para o nosso país.

Por que o senhor afirma que a Copa do Mundo em 2014 será a melhor até hoje realizada?

Porque o Brasil é o país do futebol. As seleções que aqui chegarem, aonde quer que elas fiquem – serão 31, mais a Seleção Brasileira – vão ser acolhidas pelo nosso povo. Evidentemente que a Seleção Brasileira seria pleonasmo dizer que será a de maior torcida. Mas as torcidas que porventura ficarem em algumas cidades serão bem recebidas. O espírito de futebol que já toma conta do Brasil, você imagina o que vai acontecer durante o período da Copa do Mundo? Apesar de a Copa ser no mês de julho, à exceção das sedes mais ao sul, mesmo sendo em julho, mar, sol e capacidade desses turistas poderem visitar outras localidades que não só as doze cidades-sedes. O Brasil é um país continental então diversas outras cidades turísticas serão visitadas. Porque se uma seleção jogar aqui em Natal hoje, jogará de novo dali a cinco, seis dias numa outra localidade. Então os turistas daquela seleção que aqui acompanharam o jogo, até próximo jogo vão ter que deslocar para outras cidades, vão conhecer novos destinos. Então a Copa dá também essa oportunidade. É efetivamente uma copa nacional, são doze cidades-sedes mais 32 localidades que receberão seleções, mais outras inúmeras cidades que serão visitadas por todos esses turistas no intervalo dos jogos. De tal forma que a gente é muito otimista com relação a tudo o que vai acontecer durante e depois da Copa.

Em Natal há um temor sobre às obras de mobilidade, como ficou demonstrado no seminário do Motores. Em relação ao Brasil, o governo está convicto de que  o cronograma será cumprido até o início da Copa?

Sim, a gente tem o cronograma tanto medido pelo Governo Brasileiro quanto pela Fifa, o cronograma está absolutamente adequado. Nós temos seis localidades que serão escolhidas para a Copa das Confederações ou quatro, a Fifa já pré-escolheu quatro, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, deixando duas localidades para aguardar ainda confirmação, que é o caso de Salvador e Recife. Essas terão que ficar prontas até fevereiro de 2013. As outras seis, que é o caso aqui de Natal, tem um cronograma ainda maior porque só precisam estar aptas para o Mundial de 2014. Estão todas elas dentro do cronograma, nós não temos dúvida nenhuma de que todas as 12 arenas esportivas, os 12 estádios vão estar prontos, cada um a seu tempo, para que a gente possa ter a Copa do Mundo sendo realizada nessas doze cidades.

Os custos finais dos empreendimentos voltados à Copa do Mundo ainda são uma incógnita.  Como o Ministério do Esporte pretende acompanhar, de fato, a transparência da construção desses empreendimentos?

O Brasil tem uma democracia muito avançada. Nós temos para realizar investimentos públicos uma série de legislações e esses investimentos devem ser feitos dentro dessas legislações sejam elas federal ou estaduais. Nós temos o Ministério Público nos estados, o Ministério Público da União, o Tribunal de Contas estaduais e também o da União. Então todos esses custos  passam por uma série de filtros, uma série de fiscalizações, são feitos de acordo com essas legislações fazendo com que a gente tenha certeza de que os recursos serão bastante fiscalizados pela imprensa. Nós temos uma sociedade livre. Essa fiscalização efetiva é o que garante  que os recursos serão bem empregados. E no custo final da Copa, há uma série de elementos agregados para dizer que o custo é “X”.

Agora, qual é o efetivo custo da Copa? Obras de mobilidade urbana? As obras de mobilidade urbana não são para a Copa, são para o país. A circulação nas grandes cidades precisavam de investimentos nevrálgicos que são para nossas populações, não especificamente para aqueles turistas que procurarem o país no mesmo de julho para acompanhar a Copa do Mundo. Então esse é o custo da Copa, mas é um custo que o país precisava. Os custos na infraestrutura aeroportuária, R$ 6 bilhões. Eles são para a Copa? Evidentemente que não. Hoje muito mais gente viaja do que viajava no passado. Os nossos aeroportos estão saturados e esses investimentos teriam que ser feitos independente de Copa do Mundo. Os investimentos  de infraestrutura de mobilidade urbana, os custos de aeroportos, os terminais de passageiros nos portos que vão dar condições desses grandes navios de cruzeiros atraquem nos nossos portos trazendo mais recursos, ampliando nossa economia, deixando um legado fantástico pro turismo, são custos específicos da Copa? Então, quando se fala de custo da Copa soma-se isso tudo e chega num determinado valor.

E o custo dos estádios?

A rigor, o custo dos estádios, ele sim, são custsos da copa porque se não tiver estádio não tem Copa do Mundo. Mas o legado é importante para que não possam se realizar só eventos esportivos, mas eventos de entretenimento. Temos várias arenas de ponta para sediar grandes eventos no nosso país. E aí, não são recursos da União, mas o Governo Federal, através do BNDES, desenvolveu uma linha de crédito para que os proprietários de estádios pudessem tomar esses recursos em investimentos particulares. é o caso do Internacional no Rio Grande do Sul; o  Atlético no Paraná e o Corinthians em São Paulo, e mais nove estádios públicos, sejam eles estaduais ou municipais, que vão realizar esses grandes investimentos. O custo da Copa tem que ser entendido dessa maneira, lato sensu. A maioria dos chamados custos da Copa são custos que o Brasil teria que fazer e talvez protelasse e com o advento da Copa ele antecipou e já era uma necessidade premente do nosso povo. Então quando você fala de custo da Copa tem que entender que boa parte desse custo teria que ser realizado independente de Copa.

Como não deixar que as arenas e estádios que estão sendo erguidos não se transformem em elefantes brancos?

Os projetos passam por uma análise de sustentabilidade. Os projetos não são do Governo Federal. Nós temos certeza que o país do futebol é um país carente de locais para realizar grandes eventos tem condição de dar uso adequado e sustentável para todas estas arenas e estádios. Não há dúvida de que o Brasil necessitava de grandes investimentos para ampliar sua capacidade de entretenimento e infraestrutura esportiva. Não há porque a gente temer. Por que um país do tamanho do nosso, que se desenvolve economicamente, com uma disposição ávida para consumir esporte e cultura, não vai fazer com que esses investimentos de infraestrutura fiquem desocupados.

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