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O governo ‘arregou’ ?

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Renato Cunha Lima 
Comentarista político
O medo cega, o terror limita a reflexão, o bom senso,  a análise, a compreensão dos fatos. O Rio Grande do Norte segue sitiado pelas facções criminosas depois de centenas de ataques terroristas. –vamos usar o termo certo, terrorismo!
Uma frase bem interessante dita pela personagem Coringa, o anti-herói, o vilão do filme que leva seu nome, cabe como uma luva para sugerir a tática dos criminosos nestes incêndios e atos terroristas: 
“Introduza um pouco de anarquia. Perturbe a ordem vigente e então tudo se torna um caos. Eu sou um agente do caos. E sabe, a chave do caos é o medo!”  Coringa 
No momento tudo muito confuso, tudo estranho, tudo complexo, mas nem tanto, para trazer a razão precisamos nos ater ao que acontece no Brasil e em especial no Rio Grande do Norte e ligar os fatos com o cuidado de não cair no fascínio de uma teoria da conspiração.
O que temos como fato? 
Vamos para o Rio de Janeiro, onde ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, visitou o Complexo da Maré, uma das comunidades mais perigosas e dominadas pelas facções criminosas sem nenhuma escolta policial. 
Lembram de Lula nas eleições com o boné do CPX, quando visitou sem nenhum pudor e esquema de segurança o Complexo do Alemão? 
No mínimo podemos concluir a boa receptividade dos lulistas e petistas nas comunidades sitiadas pelo crime organizado, ou não? 
Um dos vídeos que mais circulam nas redes socais nesta semana de terror no Rio Grande do Norte trata da fala da esposa de um detento, reclamando o não cumprimento de promessas eleitorais de melhorias e regalias para os detentos no sistema prisional feitas por enviados da campanha de reeleição da governadora Fátima. 
—Ora, então o foco dos ataques são o governo estadual da governadora Fátima?  
Pode ser que não, o foco dos ataques não tem sido órgãos e prédios públicos do governo estadual, nem do governo federal. 
Não é estranho reclamar da governadora enquanto atacam imóveis e veículos de prefeituras, além de supermercados, mercadinhos e carros particulares e de empresas de ônibus? 
Saindo o olho do furacão, o que mais quer o governo Lula neste momento é evitar a instalação da CPMI dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro e talvez essa crise no Rio Grande do Norte sirva de  cortina de fumaça para este objetivo. 
Entretanto, no cerne da crise, está a GLO – Garantia da Lei e da Ordem – prevista no artigo 142 da Constituição Federal que o governo quer revogar através de PEC – Projeto de Emenda a Constituição apresentada ao Congresso Nacional. 
Tanto a governadora Fátima, quanto o presidente Lula não querem nem ouvir falar em GLO, mesmo com a crise se prolongando sem perspectiva de quando haverá o retorno da normalidade.
Tudo por conta de mágoas e feridas não cicatrizadas com os militares. Permanece nas hostes petistas a desconfiança e o desprezo aos militares e nem se esforçam para esconder a intenção de deixá-los apenas pintando meio-fio e desfilando no 7 de setembro. 
Os criminosos estão cientes de tudo isso, não vamos achar que são apenas moleques revoltados envolvidos no narcotráfico fazendo arruaça. Estamos diante de algo com estratégia, inteligência, com poderio econômico e de mobilização e atuação.  Atuam simultaneamente como sindicato e como grupos terroristas, nas táticas e ações. 
Estão cientes da simpatia que nutrem em parte dos políticos petistas, procurem uma manifestação a respeito da crise de um parlamentar petista, cadê Natália Bonavides, por onde anda Fernando Mineiro? Sabem que não podem atacar prédios do governo estadual e federal e acreditam na possibilidade um “arrego” da governadora que apoiaram nas eleições.
Resta saber se o governo vai “arregar” mais do que tem sido omisso e leniente com todo esse caos e terror.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião da TRIBUNA DO NORTE, sendo de responsabilidade total do autor
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