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Praia da Redinha, o reino da ginga

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Yuno Silva
Repórter

Experimentar a famosa combinação de ginga com tapioca no Mercado Público da Redinha “é de lei”, ensina Ione Silva, de 32 anos. Ela e a família frequentam regularmente a praia, único reduto da orla urbana de Natal que fica na zona Norte da cidade, para aproveitar o banho e dar uma relaxada na rotina. “É um cantinho mais popular, meio bagunçadinho, mas a gente sempre vem”, garantiu Ione. O lugar é bastante procurado por moradores locais para o banho; e as águas calmas e mornas da praia da Redinha são porto seguro para jangadas e barcos da pesca artesanal que ainda marcam presença na paisagem.

Ione Silva e sua família são frequentadores assíduos da Praia da Redinha. É um cantinho mais popular. A gente sempre vem, diz Ione

Ione Silva e sua família são frequentadores assíduos da Praia da Redinha. “É um cantinho mais popular. A gente sempre vem”, diz Ione

#SAIBAMAIS#O encontro do rio Potengi com o oceano, emoldurado pela Fortaleza dos Reis Magos, completam o visual que tanto inspirou o artista plástico e poeta Newton Navarro (1928-1992) – personalidade que batiza a ponte estaiada inaugurada em 2007 que liga as orlas leste e norte de Natal.

No Rio Grande do Norte, verão é sinônimo de beira mar e a reportagem da TRIBUNA DO NORTE inicia série de matérias sobre a orla urbana de Natal pela praia da Redinha.

Além da fama do peixinho frito (ginga) com tapioca, a Redinha também é conhecida pela animação de seu carnaval, e há mais de um século serve como ponto de partida para a tradicional procissão de Nossa Senhora dos Navegantes – o bairro/praia, de perfil simples e rústico, possui duas igrejinhas dedicadas à santa protetora dos navegadores: a “Igreja de Pedra” construída por veranistas em 1954; e a mais antiga de 1922, que continua sendo considerada ‘a oficial’ devido a “de Pedra” ter sido erguida de costas para o mar.

A vocação da praia para a folia de Momo ainda cativou o músico e engenheiro baiano Osmar Macêdo (1923-1997), um dos criadores do trio elétrico, que morou na Redinha em 1985 quando compôs o hino “Natal como te amo”.

Banho de mar
Turistas de outras partes do Brasil e de fora do País são raros na Redinha. “Falta divulgação e estrutura para receber os visitantes. A praia também precisa de equipamentos de lazer e esporte. A Redinha tem tradição, e o quebra-mar aqui na boca da barra do rio Potengi deveria ser uma ótima opção da cidade para passear durante à noite”, acredita o servidor público Adrimary Augusto, 31, que cresceu nas areias da Redinha e atualmente mora em Parnamirim.

Para Augusto, que estava acompanhado da filha Júlia Carvalho, de 6 anos, os pontos fortes da Redinha são o banho de mar, a possibilidade de reencontrar os amigos da época que participava de rodas de capoeira na praia, e a variedade dos serviços oferecidos pelos quiosques. Ele citou como pontos fracos a falta de segurança, a ausência de banheiros públicos e o acesso: “Apesar de facilitado pela ponte, o acesso ainda é ruim e mal sinalizado”, criticou.

Adrimary Augusto vê melhorias na estrutura, apesar dos problemas recorrentes


Adrimary Augusto vê melhorias na estrutura, apesar dos problemas recorrentes

Adrimary Augusto contou que, mesmo com problemas de urbanização, segurança e limpeza, a Redinha está mais organizada. “Antes tinha mais lixo, o pessoal que trabalha na praia está mais consciente”, avalia o servidor público.
música

Natal como te amo
Osmar Macêdo

De Redinha à Ponta Negra

Maracajau, vou sorrindo vou

Sonhando pra Genipabu

Cavalgando as dunas

Transpondo Maceiós

Na terra do sol

Beleza sem rival

Não há nada igual

Natal como te amo

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